No outono, a luminosidade diminui e prejudica o processo de fotossíntese. Para sobreviver, as árvores deixam cair suas folhas para concentrar a seiva no tronco e nos galhos, se preparando para um inverno rigoroso. Nesta época, os jardineiros geralmente têm menos trabalho no jardim, mas isso não significa que podem ficar parados. É preciso lidar com as folhas secas que cobrem o chão. Alguns preferem deixá-las onde estão, mas muitos as recolhem para reciclar, principalmente adicionando-as à compostagem. No entanto, nem todas as folhas podem ser compostadas.
Essas são as folhas que não devem ir para o composto:
Você provavelmente já sabe: é proibido queimar resíduos verdes, sob risco de multa (a menos em casos específicos). Às vezes, o jardineiro decide se livrar das folhas mortas. No entanto, na jardinagem, “nada se perde, tudo se transforma”, como dizem. É possível usá-las para criar um composto de folhas secas, proteger as plantações e insetos úteis do jardim do congelamento, ou guardá-las para usar como cobertura no solo na primavera. Resta ainda a opção de colocá-las no compostador para enriquecer o composto com nitrogênio e carbono, ajudando no crescimento das plantas.
No entanto, algumas folhas contêm substâncias ou possíveis doenças que podem comprometer a qualidade do seu composto. Isso inclui:
– Folhas de cisto: seus compostos alelopáticos persistem por muito tempo no composto e podem afetar o crescimento das plantas.
– Folhas de nogueira: contêm juglona, que interfere na germinação de plantas.
– Folhas de louro, plátano, glicínia ou troianos: são muito espessas e demoram muito para se decompor, podendo impedir a penetração adequada da água no solo.
– Folhas de horta e de plantas doentes: Antes de adicionar folhas de roseiras, de plantas da horta ou árvores frutíferas ao composto, é fundamental garantir que não apresentem manchas, insetos prejudiciais ou sinais de doença. As plantas da horta, por exemplo, são mais propensas ao oídio, que pode sobreviver mais facilmente em um bom composto do que o míldio. Isso pode contaminar suas plantas saudáveis após o uso do húmus produzido pela compostagem.
O que fazer com as folhas que não podem ser compostadas?
Para as folhas grossas que demoram a se decompor, há várias soluções. Por exemplo, pode-se separar um “composto rápido” de um “composto longo”, onde se reservam os elementos que demoram mais para decompor. Pode-se deixá-los separados por dois anos para evitar sufocar o composto. Ou então, é possível triturar as folhas mais espessas de plátano, louro, carvalho ou faia, para não sobrecarregar o composto e acelerar o processo.
Caso contrário, é possível levá-las para pontos de coleta de resíduos verdes em centros de reciclagem. Algumas cidades oferecem acesso gratuito a esses locais mediante apresentação de comprovante de residência. Procure informações online ou na prefeitura para saber os endereços próximos a você.
Por fim, se você não quer se desfazer delas, pode usá-las de forma criativa. Ótimo para quem gosta de decorações de outono e atividades criativas sazonais com as crianças. Por exemplo, é possível pintá-las, colocá-las sobre finas camadas de argila e recortar a massa ao redor para criar um porta-objetos em forma de folha. Ou simplesmente secá-las para decorar sua mesa.